segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pomada do Vovô Pedro- Um Relato Verídico.

 UM CASO VERÍDICO DE AUXÍLIO ESPIRITUAL DA POMADA VOVÔ PEDRO
                                         


Uma amiga de minha esposa havia lhe solicitado alguns potinhos da Pomada Vovô Pedro, o que já vinha se tornando habitual há alguns anos. Grávida e temporariamente afastada dos trabalhos da casa espírita, onde se dá a produção do unguento, minha consorte, por isso, delegou-me a missão de pegar os potinhos na primeira oportunidade em que fosse ao centro espírita.

Trouxe de lá quatorze pomadas, das quais dez ficaram em casa para serem distribuídas àqueles que as haviam solicitado, e resolvi deixar quatro potinhos na minha pasta. É que eu me lembrei da informação de que Chico Xavier sempre carregava nos bolsos algumas pomadinhas e nunca perdia a oportunidade de receitá-la aos necessitados que apareciam no seu caminho.

Depois de mais ou menos uma semana perambulando com estas pomadas na minha mala, certo dia apareceu o ensejo de doação.

Estava em uma das escolas em que trabalho lecionando geografia e, em determinado momento, me chamou a atenção uma aluna que, num canto da sala, parecia muito mal humorada. Isto eu já havia percebido em outras aulas, mas nunca tinha comentado nada. Neste dia, porém, resolvi interrogá-la, dizendo:

_ Tenho observado que você parece estar sempre muito aborrecida. Algo está acontecendo a você, que justifique este estado?

 _ São as minhas dores, professor!
Então, imediatamente me veio à lembrança a Pomada, e falei:
_ Após esta aula você pode me procurar para conversarmos?
E ela, de uma maneira bastante desagradável, retrucou:
_ Para quê? O Senhor por acaso é médico?
Aquela resposta tocou fundo a minha personalidade orgulhosa e percebi que até mesmo os demais alunos da sala ficaram chocados. Eu, porém, por conta da experiência, não dei nenhuma demonstração dos sentimentos conflituosos que o episódio me causou e, mantendo a calma, justifiquei:
_ Bem, não sou médico, mas quem sabe não poderei dar-lhe algum alento de outro teor? De qualquer forma, fica a seu critério procurar-me ou não.
Após o fim da aula, eu procurei a pedagoga da escola e a ela relatei o caso, demonstrando o meu desapontamento. Expliquei-lhe que a minha intenção era de apenas oferecer para a jovem uma pomada boa para dores. 

A profissional me prometera que conversaria com a aluna. No entanto, me perguntou:
_ O senhor não pode me arranjar uma pomada destas? É que há muito sofro com uma dor no joelho. Ah! Como ela tem me incomodado.
_ Claro! você pode pegar comigo quando for à sala dos professores – respondi.
Fui então para a aludida sala e comecei a corrigir algumas provas quando, de repente, vieram-me as seguintes reflexões: “não estaria eu sendo muito orgulhoso? Só porque a aluna me respondeu mal eu resolvi não mais lhe dá a Pomada? Aquilo não estava conforme a caridade. Não estaria eu utilizando do revide naquele momento?”
Corri à minha bolsa e peguei um potinho de pomada. Dirigi-me à sala onde já se desenrolava a aula de outro professor. Pedi licença e, fitando a aluna, convidei-lhe:
­_ Você poderia vir ter comigo, por um momento? -  ao que ela aquiesceu – já se levantando para sair. No corredor eu lhe perguntei sobre a natureza de suas dores. Ela explicou que doía-lhe todo o corpo e que tais tormentos a perseguiam desde a infância (ela é agora uma adolescente de mais ou menos 15 anos).
_ E o que dizem os médicos?
_ Já fui a vários e não houve um sequer que me dissesse, com certeza, as causas dessas dores, e remédio algum, até aqui, conseguiu atenuá-las – lamentou ela.
Então lhe apresentei a Pomada Vovô Pedro, falei de sua fórmula espiritual, expliquei que sua produção é realizada praticamente em todo o país e que a distribuição é gratuita. Expus ainda que ela já havia curado muitas moléstias e que era especialmente eficaz na cura de dores e ferimentos.
_ Esse potinho é seu. Coma meia colher de chá três vezes ao dia – recomendei, lembrando que o Benfeitor Espiritual Jeremias, nos seus atendimentos fraternos, igualmente orienta a ingestão da Pomada.
A aluna recebeu o potinho com os olhos cheios de lágrimas, indagando-me, admirada e surpresa:
_ Mesmo depois de ter sido tão grosseira com o senhor, professor?
_ Eu também sinto dores – respondi já me esforçando para conter a emoção – e sei que a sua resposta lá na sala foi motivada pela dor.
Ela agradeceu e voltou à aula.
Eu fiquei completamente envolvido por uma energia de alegria. Estava muito satisfeito com aquela oportunidade que a Espiritualidade havia me proporcionado. Relembrei-me das orações que vinha fazendo nas últimas semanas, solicitando ao Mestre Jesus me desse a força para vencer todos os obstáculos que me impediam de ser um instrumento Seu no auxílio aos mais necessitados do que eu, ou tanto quanto. As minhas preces haviam sido atendidas e, então, decidi abandonar-me àquele raro momento de paz espiritual. Como é bom fazer o bem!


Voltei à minha atividade inicial: correção de provas. Agora mais feliz e com mais coragem. Quando já estava bem envolto no trabalho, eis que, de repente, a pedagoga, a quem eu já havia entregado a Pomada prometida e orientado no tratamento do joelho, entra na sala, dizendo:
_ Professor, preciso muito conversar com o senhor. É possível agora?
_Claro – concordei.
Fomos à sua sala que fica contígua à dos professores, separada apenas por um cercadinho de vidraça. Entramos e sentamos.
E então minha amiga de trabalho, a quem eu conhecia havia pouco mais de dois meses, começou a relatar uma infinidade de obstáculos que vinha tendo que enfrentar. Eram as dificuldades familiares e as afetivas o que mais lhe transtornava. Relatou muitos detalhes, revelou segredos, pediu discrição e tambem orientação. Em seguida revelou:
_ Depois que li o rótulo do potinho e vi a referência ao Espiritismo, além do endereço de Teresina, senti que aí estaria alguma saída para os meus problemas. Eu me identifico muito com esta religião, mas pouco sei sobre ela.
E completou:
_ Como é que eu faço para visitar este centro espírita?
Então expliquei que trabalhava naquele centro - a Sociedade Espírita João Nunes Maia - e que poderia sim, indicá-la o endereço. Informei-lhe sobre os horários de atendimento fraterno e a incentivei a buscar ajuda sem demora.
Concluídas as anotações, a educadora reintegrou-se às atividades escolares de sua competência, e eu tambem. Mais uma vez retornei à bendita correção de provas. Mal havia me agasalhado no assento, e uma das secretárias da escola adentrou, abordando-me com energia:
_ Professor, preciso falar com o senhor urgentemente!
Eu fiquei bem assustado, pensando no que eu poderia ter feito de errado para ser convocado daquela forma. Mas respondi de chofre:
_ Pois não! Estou às ordens.
_ É particular! Pode ser aqui na sala da pedagoga?- sugeriu ela.
               _ Por mim tudo bem – atendi.
Logo que nos sentamos percebi que ela trazia um potinho de Pomada na mão e, fitando-o, ela começou a relatar:
_ Professor, eu havia saído para resolver algumas questões aqui da escola. Ao voltar e entrar na secretaria, minha visão foi imediatamente direcionada para esta Pomada que estava sobre a mesa. Por alguns segundos eu não conseguia ver mais nada além deste potinho. Li o rótulo, perguntei a quem pertencia e me disseram que era o senhor quem havia distribuído. O senhor é espírita?
_ Sim.
_ Pois o senhor vai me ajudar!
E começou a descrever as aflições que vinha padecendo desde a adolescência. Eram igualmente problemas do coração e, entremeadas a estes, dificuldades que eu identifiquei ligadas a uma mediunidade em desalinho. Via e ouvia Espíritos há muitos anos, muitos deles lhe ameaçando, dizendo que ela ia pagar tudo que lhes tinha feito. Teve que deixar uma casa onde não tinha paz e, segundo ela, a pessoa que a sucedeu na residência teria morrido de doença cuja causa jamais fora identificada pelos médicos. Mesmo depois da mudança, ainda passou um ano em depressão e agora estava se envolvendo em outras situações complicadas, das quais não conseguia se desligar, por mais que tentasse.
Diante daquele relato comovente, percebi que mais uma vez a pomada realizava a sua missão de atrair a atenção dos sofredores para o poder curador da Doutrina Espírita. Fiquei mais uma vez emocionado e elevei um pensamento de gratidão ao Senhor que, pela terceira vez em uma única manhã, me oportunizava ser útil como um instrumento Seu.
Sugeri abríssemos o livro que trazia comigo, A Cura pela Reforma Íntima, do Espírito Jeremias, psicografado pela Médium piauiense Evany Gomes de Oliveira. Lemos a mensagem que nos exortava para o cuidado com a alimentação do corpo e do espírito.
Após a leitura fiz à minha colega de trabalho, vista naquele momento como uma irmã em aflição, algumas explanações sobre o Espiritismo e a Mediunidade. Descrevi o trabalho realizado pelo centro espírita no qual trabalho - já mencionado e nomeado acima - e fiz-lhe o convite à visitação em busca de esclarecimento e consolo. Ela ficou de combinar com a amiga pedagoga para irem juntas, o mais breve possível.
Deixei também para a secretária um potinho de Pomada e uma receita de boca.
Neste dia, voltei para casa extremamente feliz e sentindo-me agraciado por Deus pela experiência luminosa que Ele me proporcionou. Desde então trago uma vontade mais firme de esforçar-me, verdadeiramente, para me manter o máximo de tempo possível em sintonia com Jesus, Maria, Jeremias e os demais Benfeitores Pomadeiros.


Fonte:AQUI!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

As duas Damas da Noite


Uma noite muito especial, o luar bem em harmonia com a belíssima flor que mostra toda a sua beleza para a rainha Lua que reina soberana na noite escura.







Esta planta eu ganhei da minha querida e amada sogra/mãe, a dona "Lica", Magnólia de Souza Fomm, a quem aprendi a amar como a uma mãe; sempre generosa comigo, protetora e amiga.
Quando se mudou do endereço na rua Piauí, retirou a muda da terra e me presenteou.
Plantei no meu pequeno jardim, e a mesma produzia uma flor por ano, até que no ano em que ela faleceu, naquela semana, a dama da noite produziu  uma imensidão de flores que se abriram exatamente na noite em que a velávamos, e eu sabia que era uma homenagem da Natureza àquela mnulher excepcional.
Desde então, é uma florada atras da outra, mas nada parecido com aquela.
Assim, a cada florada, eu me recordo carinhosamente dela, e lhe ofereço a beleza e sutileza dessas flores.
Sem falar que seu aniversário acontece no dia 21 de abril, quando recordamos dela com carinho e gratidão.
Então, agora posso dizer que as Duas Damas da Noite, conjugaram para que essa homenagem ficasse perfeita. 
Receba em seu coração querida amiga, mãe e protetora, todo o nosso amor, aí onde voce se encontra nesta nova etapa da sua vida eterna.



   Sua eterna "filha/nora " Nice.
    21 de abril de 2013.

sexta-feira, 19 de abril de 2013


 Um ONG internacional localizou uma índia brasileira que pode ser a pessoa mais velha do mundo. Maria Lucimar Pereira, que vai completar 121 anos, pertence à tribo Kaxinawá e vive na Amazônia. Ela diz que vai passar seu aniversário, no próximo dia 3 de setembro, com sua família.
Maria nunca viveu em uma cidade e diz que sua longevidade deve-se a um estilo de vida saudável. Ela só come alimentos naturais da floresta: carne grelhada, peixe, mandioca e mingau de banana. Ela não come sal, açúcar ou qualquer alimento industrializado.

O diretor da ONG Survival, Stephen Corry, diz que isso deve ter contribuído para seus quase 121 anos de vida. "Muitas vezes nós testemunhamos os efeitos negativos que uma mudança forçada pode ter sobre os povos indígenas. É gratificante ver uma comunidade que mantém fortes laços com seus ancestrais e apreciando os benefícios inegáveis deste estilo de vida".
Apesar de ter quase 121 anos de idade, Maria permanece saudável e relativamente ativa. A líder comunitária local disse ao representante da ONG que a índia partilha suas histórias com o restante da tribo, além de visitar os netos em áreas vizinhas. Ela só fala Kaxinawá (dialeto da tribo), e, ocasionalmente, viaja para a cidade mais próxima, Feijó.
Sua certidão de nascimento foi feita em 1985, mostrando que ela nasceu em 1890. Mas a velhice não parece ser um fato incomum em sua tribo. O representante da ONG diz que dos 80 habitantes que vivem no local atualmente, quatro possuem mais de 90 anos. Eles comem alimentos naturais, e não usam sabão ou qualquer produto artificial da cidade.
Por enquanto, o Guinness Book, o livro dos recordes, não considera Maria Lucimar a como a mulher mais velha. O posto ainda pertence à americana Besse Cooper, que tem 115 anos.
A longevidade de Maria Lucimar ainda não foi registrada pelo Guinness World Records, que afirma que a mulher mais idosa do mundo é a americana Besse Cooper, de 115 anos. De acordo com o livro, a pessoa que comprovadamente viveu mais até hoje foi a francesa Jeanne Louise Calment, que morreu em 1997, aos 122 anos.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus


quinta-feira, 18 de abril de 2013

EDUCAÇÃO_ Desbravando Novos Horizontes: O Índio


EDUCAÇÃO_ Desbravando Novos Horizontes: O Índio: – Meu Deus, é ele! Quem já conversou com um índio, assim um papo aberto, sobre futebol, religião, amor...? A primeira ideia que nos ve...



– Meu Deus, é ele!
Quem já conversou com um índio, assim um papo aberto, sobre futebol, religião, amor...?
A primeira ideia que nos vem é da impossibilidade deste diálogo, risos, preconceitos, talvez. 
O que dizer então da visão dos estrangeiros, que pensam que andamos nus, atiramos em capivaras com flechas envenenadas e dançamos literalmente a dança da chuva pintados com urucum na Praça da Sé ou na Avenida Paulista?
Pois na minha escola no ano de 1995 ocorreu a matrícula de um índio. 
Um genuíno adolescente pataxó.
A funcionária da secretaria não conseguiu esconder o espanto quando na manhã de segunda-feira abriu preguiçosamente a portinhola e deparou-se com um pataxó sem camisa com o umbigo preto para fora, dois penachos brancos na cabeça e a senha número "um" na mão, que sem delongas disse:
– Vim matricular meu filho.
E foi o que ocorreu, preenchidos os papéis, apresentados os documentos, fotografias, certidões, transferências, alvarás, licenças etc. 

A notícia subiu e desceu rapidamente os corredores do colégio, atravessou as ruas do bairro, transpôs a sala dos professores e chegou à sala da diretora, que levantou e, em brado forte e retumbante, proclamou:

– Mas é um índio mesmo?


Era um índio mesmo. 

O desespero tomou a alma da pobre mulher; andava de um lado para o outro, olhava a ficha do novo aluno silvícola, ia até os professores, chamava dois ou três, contava-lhes, voltava à sala, ligava para outros diretores pedindo auxílio, até que teve uma ideia: pesquisaria na biblioteca. 
Chegando lá, revirou Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos e nada. 
Curiosa com a situação,uma funcionária questionou: – qual o problema para tanto barulho?
– Precisamos ver se podemos matricular um índio; ele tem proteção federal, não sabemos que língua fala, seus costumes, se pode viver fora da reserva; enfim, precisamos de amparo legal. 

E se ele resolver vir nu estudar será que podemos impedir?
Passam os dias e enfim chega o primeiro dia de aula, a vinda do índio já era notícia corrente, foi amplamente divulgada pelo jornal do bairro, pelas comadres nos portões, pelo japonês tomateiro da feira, pelos aposentados da praça, não se falava noutra coisa. 


Uma multidão aguardava em frente da escola a chegada do índio, pelas frestas da janela, que dava para o portão principal, em cima das cadeiras e da mesa, disputavam uma melhor visão os professores – sem nenhuma falta –, a diretora, a supervisora de ensino e o delegado.
O porteiro abriu o portão – sem que ninguém entrasse – e fitou ao longe o final da avenida; surgiu entre a poeira e o derreter do asfalto um fusca, pneus baixos, rebaixado, parou em frente da escola, o rádio foi desligado, tal o silêncio da multidão que se ouviu o rangido da porta abrir, desceu um menino roliço, chicletes, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, calça jeans, camiseta, walkman nas orelhas, andou até o porteiro e perguntou:


– Pode assistir aula de walkman?


 
 Autor:
Edson Rodrigues Passos

 





 









Formatura da 2ª turma de Licenciatura Indígena da Unemat



 A todos voces meus irmãos das florestas, atuais e antepassados, o nosso muito obrigada, por todo o que nos ensinaram, e sofreram, para que o nosso Brasil chegasse até aqui.


Que o grande pai nos abençoe homens, animais e plantas!


educação indígena

Professores indígenas: formar para preservar
Nas comunidades indígenas, são os professores que fazem a ponte entre a formação escolar tradicional e a preservação da cultura. A bagagem vem do contato com as universidades públicas do país, cEles saem de suas comunidades indígenas e vão para os bancos das universidades se formarem professores. Como tal, têm uma dupla missão:

- levar para seu povo a informação necessária que os qualifique a viver em tempos em que já não são autossuficientes e precisam – e muitas vezes desejam – manter contato com a sociedade não indígena e



 


Normalmente, os programas funcionam por módulos que acontecem tanto no espaço físico da universidade, durante as férias e recessos escolares, quanto nas próprias aldeias. A intenção é que os indígenas não sejam retirados por quatro ou cinco anos de seu território, pois eles perderiam o contato com a comunidade e haveria o risco de não quererem retornar. Se isso acontecesse, o programa perderia o sentido. Ao mesmo tempo, os professores não-indígenas têm a oportunidade de conhecer de perto a cultura de seus alunos e adquirem mais condições de auxiliá-los a fazer a transição entre o conhecimento formal e a dinâmica de seu povo.


Nos programas interculturais, a ciência convive bem com as crenças e as tradições. Quando as crianças da aldeia aprendem as teorias sobre a origem do universo, por exemplo, têm contato tanto com a visão evolucionista quanto com os mitos de criação da etnia.

Na Unemat - Universidade Estadual do Mato Grosso, a primeira turma dos cursos de Licenciatura Específica para a Formação de Professores Indígenas foi criada em julho de 2001, a segunda, em janeiro de 2005 e a terceira, em janeiro de 2008. O curso é composto por três anos básicos e mais dois anos específicos em que o professor escolhe entre três habilitações: Línguas, Artes e Literaturas; Ciências Matemáticas e da Natureza e Ciências Sociais. Quando se formam, eles estão aptos a dar aulas no ensino fundamental e em disciplinas específicas do ensino médio em suas aldeias. Até agora, 200 professores indígenas concluíram a licenciatura, sendo 180 do estado do Mato Grosso e 20 de outros estados.

Na primeira turma, em função de uma demanda reprimida, os professores em formação tinham faixa etária média entre 30 e 40 anos. Na segunda, a idade ficava entre 25 e 35 anos e, atualmente, os professores são bem mais jovens, têm entre 20 e 30. Por questões culturais, há mais homens do que mulheres nas turmas, mas o número de professoras tem aumentado gradualmente. São as organizações indígenas que fazem a indicação dos candidatos para o curso de formação. Em geral, são pessoas que já atuam como professores. Como a demanda é maior do que a oferta de vagas, é feito um vestibular específico com questões relacionadas à educação indígena.


O professor ainda conta com a possibilidade de partir para a especialização em Educação Escolar Indígena, com duração de dois anos. Em 2004, 40 professores se especializaram. No ano passado, outra turma, com 60 vagas, foi aberta. Recentemente, um aluno da primeira turma de Licenciatura Indígena concluiu o Mestrado em Ciências Ambientais. ada vez mais preparadas para atender a essa demanda
- ao mesmo tempo, preservar e passar adiante, geração após geração, as tradições e a cultura de sua etnia.





O movimento indígena, em parceira com a FUNAI, as secretarias de educação municipais, as universidades e os governos estaduais e federais começam a consolidar essa formação, que vai desde os cursos técnicos de magistério, passando pelas licenciaturas interculturais, a nível superior, até as especializações e mestrados.

Atualmente, 19 universidades, entre estaduais e federais, participam do PROLIND, programa do Ministério da Educação, cujo objetivo é formar professores para dar aulas nos últimos anos do ensino fundamental e também no ensino médio.





Canto Guarani da Raça Brasil

  I

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

do apagão da história.

   II

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

quando tempo d' avô Tupinambá

não tinha “Mercosul”

mas andava

do Ipiranga ao Pará

da Bolívia ao Uruguai,

da Argentina ao Paraguai

língua era franca

mas, Marquês português

neto de pajé e bis de africana

de Lisboa proibiu.

  III

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

quando bandeirante europeu

pegou no laço meu povo.

  IV

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

quando Áfricos chegaram

acorrentados no corpo e alma.

 V

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

do afago dos nossos sangues:

guarani, euro e afro

misturados na marra.

 VI

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

de nossas veias canais

de rios de sangue

Amazonas e Tejos,

Zambezes e Congos das quitandeiras

e de mares mediterrânicos

de pão sírio e pizza marguerita

e outros mais a norte, rios Danúbios

e Renos de Bavieras “Deutschland”

Uberlândia acima de tudo.

 VII

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

da chegada de outros Íguaçus

mais além de Hokaído

e do golfo de Tonkim

(adiando meu fim)

 VIII

Sou da Raça Brasil

antes, e depois

quando espoliados do céu e da terra

(e do nome)

insistem e me chamam indígena ou de índio

(e nem sou da Índia)

meu canto e acalanto é Guarani

e sou da Raça Brasil!

 




Autor:João Craveirinha (escrito em P.B)

Brasil-Brasília D.F. - 19.11.2009
Fonte: Net

terça-feira, 2 de abril de 2013

Dia Internacionao do AUTISMO

           
                                                      





 Justiça garante atendimento especializado a autistas Data 21/06/2008 08:00:39 | Tópico: Autismo O autista normalmente resiste a mudanças de rotina, resiste ao aprendizado e ao contato físico A partir de uma ação Civil movida pelo Ministério Público, os responsáveis pelos autistas contam agora com mais um meio para reivindicar seus direitos. A sentença transitada em julgado, nos autos 00.027139-2 declara que os responsáveis pelos autistas deverão encaminhar requerimento diretamente ao secretário de Saúde através do telefone (11) 3066-8656, instruído com atestado médico, para que a administração estadual, no prazo de 30 dias, providencie instituição adequada ao tratamento de saúde, educacional e assistencial aos autistas.
                                                                 Recados para Orkut


 * Para o gerente-administrativo da Aderc (Associação dos Deficientes de Rio Claro), Daniel Torchia, essa decisão é um grande passo. " Essa é uma ação de cidadania, o único jeito de fazer acontecer é através da Justiça". Para a presidente da instituição, Rosangela Sebastião Franco, "essa ação vai ajudar a detectar o problema e encaminhar para o local adequado, o que dá respaldo para a educação trabalhar precocemente", destaca. Para a diretora pedagógica Taiz Nascimento é uma iniciativa importante, mas é preciso cobrar para que funcione na prática. O autismo é uma alteração cerebral que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar. O autista normalmente resiste a mudanças de rotina, não se mistura, não mantém contato visual, age como se fosse surdo, resiste ao aprendizado e ao contato físico. Vale ressaltar que cada pessoa tem um grau diferente de intensidade dos sintomas, por isso é preciso um atendimento especializado. A Aderc, localizada na Avenida 8 A Bela Vista, atende a pessoas que apresentam os sintomas do autismo a fim de trabalhar com a pessoa para que esta desenvolva habilidades capazes de trazer grandes mudanças e transformações nele próprio e no meio em que vive. Fonte: http://jornalcidade.uol.com.br esta notícia veio do Universo Autista http://www.universoautista.com.br/autismo Endereço desta notícia: http://www.universoautista.com.br/autismo/article.php?storyid=248
Postado por Taiz Franco Nascimento

                              
Este site é muito interessante, Caso queira visitá-lo acesse AQUI

*Daniel torchia foi meu colega de trabalho numa das  empresas dos Mattarazzos em Campinas nos anos 70, quando ainda pouco passávamos  de  meninos, ele,  se preparando para prestar o vestibular. E, assim como as águas claras do "Rio Claro", sua cidade natal, muitas águas rolaram sob a ponte da vida,e nunca mais nos vimos, ou nos falamos. Foi uma feliz notícia saber que ele, aquele rapazinho
 de olhar doce e sereno devotou sua vida a tão nobre causa. Que Deus permaneça iluminando os seus passos, e da sua abençoada família.



MITOS E VERDADES SOBRE O AUTISMO

Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas:
O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.
 
 
                                                                        [autismo+2.jpg]
     

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.
A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.
Fonte: Bengala Legal | Lucy Santos -Português do Brasil
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis

  MÃE CORAGEM

                                                    

Os pais dos autistas são pessoas normais, que têm de se superar na vida diária. Para lá das questões inerentes ao quotidiano, está sempre presente o amor pelos seus filhos. Este blog tem procurado transmitir alguma informação a estes pais, nos quais me incluo, aprendendo muito nas constantes buscas sobre a temática comum que perfilhamos.
Hoje, quero dar um beijo a uma mãe. Uma mãe coragem. Uma mãe que sofre duplamente. Sofre de cancro e tem um filho autista. Neste ano que passou esteve internada no IPO do Porto, onde fez quimioterapia e uma operação. Ontem, ao falar-lhe pelo telefone, fiquei a saber que continua o tratamento, desta vez com radioterapia. Fiquei também a saber que poderá ser internada de novo, depois de novos exames, devido a possíveis complicações cancerígenas, noutro local do corpo. Deu-me conta da tristeza de não poder ajudar o filho neste período. A sua preocupação é o desenvolvimento do seu filho. O filho sentindo a falta da mãe, não queria ir para a escola. Ela culpa-se pela impossibilidade de acompanhar o filho, como habitualmente. Para lá disto, a realidade social que o país atravessa, também afecta esta família.
Para esta mãe coragem, expresso o enorme apreço que nutro por ela. Estou ao dispor para qualquer coisa que a possa ajudar, bem como à sua família. Um terno abraço para o JH, um jovem lindo, fruto de amor.
Publicada por Mário Relvas em sexta-feira, junho 27, 2008  



Fonte:http://aromasdeportugal.blogspot.com.br/2008_06_01_archive.html
Um site maravilhoso sobre o tema AUTISMO.