quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Eu queria dizer para minha filha...

 AS MAMÃES E FUTURAS MAMÃES!
















Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente 
menciona que ela e seu marido estão pensando em 
“começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa 
— ela diz, meio de brincadeira. 
— Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, 
mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde 
nos finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. 
Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. 
Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. 
Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, 
mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que 
ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar:
 “E se tivesse sido o MEU filho?”; 
que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; 
que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, 
ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, 
seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, 
tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo 
da ursa que protege seu filhote; 
que um grito urgente de “Mãe!”
 fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça 
sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos 
investiu em sua carreira, 
ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. 
Ela pode conseguir uma escolinha,
 mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e 
pensará no cheiro do seu bebê. 
Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina
 para evitar sair correndo para casa, 
apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que 
decisões do dia a dia não mais serão rotina; 
que a decisão de um menino de 5 anos 
de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, 
no McDonald's, se tornará um enorme dilema; 
que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e 
crianças gritando, questões de independência e gênero 
serão pensadas contra a possibilidade de que um 
molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, 
se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, 
eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez 
ela perderá eventualmente, 
mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; 
que a vida dela, hoje tão importante, 
será de menor valor quando ela tiver um filho; 
que ela a daria num segundo para salvar sua cria 
— mas que também começará a desejar mais anos de vida, 
não para realizar seus próprios sonhos, 
mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que 
a cicatriz de uma cesárea ou estrias, 
se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, 
mas não da forma como ela pensa. 
Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar 
um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê
 ou que nunca hesita em brincar com seu filho. 
Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará 
por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão 
que ela sentirá com as mulheres que, 
através da história, 
tentaram acabar com as guerras, 
o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender 
por que eu posso pensar racionalmente 
sobre a maioria das coisas, 
mas que me torno temporariamente insana 
quando discuto a ameaça da guerra nuclear 
para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a 
enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.
Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê 
que está tocando o pelo macio de um cachorro 
ou gato pela primeira vez. 

Quero que ela prove a alegria que, 
de tão real, 
chega a doer.
O olhar de estranheza da minha filha me faz 
perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá 
— digo finalmente. 
Então estico minha mão sobre a mesa, 
aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa
 por ela e por mim e por todas as mulheres 
meramente mortais que encontraram 
em seu caminho esse que
 é o mais maravilhoso dos chamados; 

esse presente abençoado de Deus, 
que é SER MÃE!
Autor Desconhecido
Via: Saúde da Mulher
www.graodegente.com.br

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