domingo, 13 de dezembro de 2015

Demorô! Mas como diz o ditado, antes tarde do que nunca.



Demorô!!!PLANALTO DECIDE AGIR CONTRA TRAIÇÕES DE ALIADOS
Published dezembro 12, 2015 Uncategorized 3 Comments 
Wilson Dias/Agência Brasil: <p>Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, durante coletiva após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto (Wilson Dias/Agência Brasil)</p>
“Não tem mais brincadeira. É um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment”, afirma o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo a coluna Painel, de Natuza Nery; o plano é não mais tolerar que aliados com cargos no governo defendam o impeachment ou fiquem em cima do muro
Brasil 247 – O Palácio do Planalto decidiu não ser mais tolerante com “aliados” que não defendam a presidente Dilma Rousseff. Até aqui, o governo havia sido leniente com integrantes do governo – ocupantes de cargos – que defendiam o impeachment ou ficassem em cima do muro.
“Não tem mais brincadeira. É um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment”, afirma o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo a coluna Painel, de Natuza Nery.
O governo passará a limpo os nomes de quem ocupa cargos federais para identificar casos como o de Fábio Cleto, que havia sido indicado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje o principal adversário de Dilma. Cleto foi exonerado nesta semana.
Comentário do Blogueiro: Demorô!! Pautada pela tal regra de compor um governo “técnico” e “republicano”, a Presidenta Dilma manteve e até permitiu a entrada de gente no Governo que só fez mesmo atacar as políticas do governo, em especial as políticas sociais. Basta ver ataques evidentes contra o PRONATEC, desferidos por “técnicos” do Ministério da Fazenda. Por tê-lo visto ocorrer, posso me referir a este como um exemplo óbvio que quase destruiu uma política fundamental do Governo Dilma. Também é conhecido de todos o golpismo permanente existente em grupos da Polícia Federal, que sem pejo nenhum, desvirtuam investigações, como esta ocorrendo agora, na Operação Zelotes, com o único objetivo de Golpear o Governo, Lula, o PT e todos que ajudaram a construir um país com menos desigualdade, menos pobreza, mais empregos e melhores salários, nos últimos anos. Este tipo de condescendência, referida por atitude “republicana”, chegou a um patamar tal, que padrinhos de indicados e até mesmo indicados a cargos agora defendam o impedimento da PresidentA”. Demorô! Mas como diz o ditado, antes tarde do que nunca.  
 Fonte deste artigo:AQUI

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Vice Temer Mentiu???? Mais um mentiroso no partido?



Agenda da Vice-Presidência desdiz carta de Temer

Vice Presidente Michel Teme escreve ''estranha carta pessoal '' cujo correio foi a mídia. confira.














Minha filha me escreve, dos 6 aos então 14 anos, foi tão INFANTIL quanto à carta que o TRAÍRA do Temer escreveu p Dilma. Eu não posso classificar aquilo como sendo a carta de adolescente mimado, não, seria injusto com esse grupo etário tão inteligente e de uma maturidade que surpreende.
Foi carta de vice que sempre quis ser protagonista. Carta de gente que faz da conquista do poder sua motivação maior para existir.
Como diz o ditado, além da queda, o coice. Como se não bastassem aqueles demônios, todos já conhecidos, temos que lidar com os demônios que usam asas para assemelharem-se a anjos...
Anjo caído, é o que Temer é. Daqueles que se uniram a Lúcifer para tomar o lugar de Deus.
Vamos fazer cópias das cartinhas que noss@s filh@s nos escrevem, enviá-las para Temer, para mostrar ao VICE-PRESIDENTE como ser leal, sincero, verdadeiro, e um pouquinho mais maduro, aos 75 anos.





Uma dúvida se abate sobre mim: TERIA SIDO, MESMO DE FATO UM VAZAMENTO? UMA VIOLAÇÃO DA PRIVACIDADE OU FOI MAIS UM 'EMBRÓLHO' PLANALTÊS???



Confira a dita na íntegra:

Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem)
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\ L TEMER"



Mas ele MENTIU!
Confira:  http://standup-levante-seedigaoquevocepensa.blogspot.com.br/2015/12/vice-temer-mentiu-mais-um-mentiroso-no.html

sábado, 5 de dezembro de 2015

Crise Politica -Disseram sim. Você que finge não entender






Jorge Teotonio · Militante at Militância Petista
Texto de
MALU AIRES no face
O Brasil não é um clubinho de futebol. Nem um desses cenários desmontáveis do Projac.
Somos a 7ª maior economia do planeta. Patrimônio mundial em água, biodiversidade, florestas, minérios e petróleo.
Essa aqui é a casa de 200 milhões de seres humanos, grande maioria criativa, inteligente, produtiva e trabalhadora. Não fossemos tantos e tão conscientes da nossa força e papel no mundo de hoje, nossa democracia não seria a inimiga número um dos golpistas, nesse momento.
Somos um grande país que se ergueu da absoluta miséria, da mais vergonhosa falência, para, em pouco mais de uma década, se tornar referência em tecnologia, exemplo no combate à fome e desigualdade, além de uma superpotência energética.
Hoje, o Brasil é uma nação independente. Vai à ONU e diz na lata o que está engasgado na garganta dos povos oprimidos neste mundo. Não é mais aquele país que lê e reza a cartilha de Washington "seja feita a vontade imperialista, amém!". Pela primeira vez em séculos, o Brasil impôs respeito e provou soberania. E isso não é interessante pro neocolonialismo.
Não querem um Brasil democraticamente fortalecido dando exemplo de superação pros povos oprimidos. Querem um Brasil amedrontado, submisso e avacalhado.
Além de um gigante em terras e águas, o Brasil, mesmo com meio milênio de exploração, ainda permanece um país rico. Cobiçam o que é nosso e encontraram cumplicidade em um punhado de sacanas que estão levando adiante uma proposta escandalosa contra este país. Juntos, propõem o fracasso do povo brasileiro, o fracasso da democracia no Brasil, um mergulho à uma crise profunda e uma morada permanente numa recessão prevista pra durar por mais de 20 anos.
Ah, os golpistas não te contaram isso? Não explicaram que a saída proposta por eles é o fundo do poço?
Claro que não iriam te contar o pior dessa história... O pior dessa história está marcado para 2018/2019. Já agendaram um rebu global pra essa época. Os golpistas dependem do poder pra prepararem terreno pra nossa rendição numa nova ordem mundial que estabelece, de 2019 até 2050 que os de cima mandam, os de baixo, obedecem. Do Brasil, querem água, gás, petróleo, ouro... tudo, menos o povo brasileiro. Há 500 anos exterminaram os índios. Nós, amiguinhos, seremos os próximos.
A abominável nata inescrupulosa do planeta comprou a cumplicidade de um punhado de sacanas que não pensam duas vezes pra entregar nosso sangue, seja em troca de alguns milhões na Suíça, de vôos livres com muita pasta base de cocaína pura pra noiar o mundo, ou algumas ações da futura empresa privada Brasil Corporation of America.
Ah, os golpistas não te contaram que teu nome não está na lista do rateio desse dolo? Nem que eles sugarão até teus últimos centavos pra te fazer um escravo bem obediente? E não disseram na TV que só lhes interessa a descarada impunidade e a livre prática dos seus crimes?
Disseram sim. Você que finge não entender.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Carta aberta à ministra Carmen Lúcia, do STF








Prezada Ministra Carmem Lúcia

Nosso País acordou estupefato com a prisão de um senador da República. Por outro lado, alivio-me com a prisão de um banqueiro, um dos mais ricos do Brasil.

Não guardo intimidade com o pensamento do Senador Delcídio do Amaral em virtude de suas origens políticas, ligadas à privatizações e ao nefasto neoliberalismo. Porém, sua prisão nos coloca sob espanto pelo colorido de arbitrariedade em face da imunidade parlamentar de que gozam os eleitos pelo povo para ocupar cadeira na mais alta casa legislativa.

Perdoe-me, ministra Carmem, por me dirigir a senhora sem o traquejo jurídico próprio dos advogados, já que não sou um e sem a formalidade de um tribunal, já que não pertenço a nenhum.

Aqui tenho o objetivo de questioná-la pelo que disse na 2ª turma do STF ao justificar seu voto na decisão do ministro Teori Zavascki ao ordenar a prisão do Senador Delcídio do Amaral e do Banqueiro André Esteves.

É de se esperar que os homens e as mulheres eleitos e eleitas sejam honestos, honestas, probos e probas nas suas atividades parlamentares, embora alguns afrontem e desrespeitem a sensibilidade social e a cidadania, como é o caso do Senador Ronaldo Caiado, que frequentemente usa camiseta amarela com os sinais de 9 dedos, em deboche a deficiência física do ex-presidente Luiz Inácio Luiz da Silva, sem que seja incomodado em momento algum por esse preconceito e crime.

Nesta carta singela desejo lhe dizer que me senti ofendido e desrespeitado como cidadão com seu discurso ao justificar seu voto a favor da prisão de Delcídio do Amaral, nesta manhã.

A senhora disse que antes nos fizeram acreditar que a esperança venceu o medo. É evidente que a senhora se referiu à campanha eleitoral e eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo.

E vencemos mesmo, ministra Carmem. Milhões de brasileiros fomos ameaçados com o estouro do dólar, com a fuga dos empresários que investiriam em outros Países abandonando o Brasil ao desemprego e à pobreza. Uma atriz da TV Globo apareceu em noticiários e na propaganda eleitoral do PSDB fazendo caras teatrais de assustada e dizendo: “ai, estou com medo”. Pois vencemos essa tentativa. Os milhões de votos investidos em Lula transcenderam fronteiras partidárias para afirmar nossa esperança contra as ameaças rasteiras e desonestas. Vencemos o medo, com muita esperança. O Brasil se sentiu recompensado com essa vitória. A senhora sabe!

Como cidadão e como povo me sinto ofendido e agredido em minha esperança e em minha fé com essa sua fala, para mim irônica e sem nenhuma relação com o mensalão da mídia, com muitos casos dúbios e influenciados pela opinião publicada.

A senhora carregou sobre a ironia sem nexo ao afirmar que “agora o escárnio venceu o cinismo”.

Qual a relação do possível crime do Senador Delcídio do Amaral, nem investigado totalmente e, muito menos julgado e condenado, com a vitória da esperança em 2002?

A senhora quer nos envolver em todos os possíveis crimes de Delcídio? A senhora falou pensando em investigação e condenação do ex-presidente Lula, o candidato a respeito de quem se usou o slogan “a esperança venceu o medo”? A senhora já sabe, mesmo sem julgamento, que o Senador Delcídio do Amaral é criminoso, até mesmo antes da manifestação da casa onde ele é parlamentar?

Na fundamentação de seu voto a favor da prisão do aludido senador a senhora asseverou que “ agora o escárnio venceu o cinismo”.

Pergunto se o seu voto não se referia a um senador? Se se referia ao Senador Delcídio do Amaral qual a relação da ironia com os votos de milhões de brasileiros que tiveram esperança de mudar aquela realidade triste de desemprego, de miséria e de pobreza em 2002?

A senhora ameaçou quem ao afirmar posteriormente que “criminosos não passarão sobre a justiça”, alertando a todos do mundo da corrupção?

Perdão, ministra, mas a minha ofensa também vem do fato de a senhora misturar ironicamente fatos e valores sem nenhuma relação, sendo que a esperança realmente venceu o medo e sempre vencerá as vilanias da classe dominante, principalmente da rapinagem dos poderosos internacionais, que atuam por meio de jagunços nacionais.

Pior, a sua referência de falso senso de oportunidade choca por estabelecer nexos irreais entre um senador atual, preso acusado de atrapalhar investigações, com toda a força da esperança de um povo.

Choca mais o fato de a senhora não fazer nenhuma menção ao banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, também preso como suspeito de fazer uma operação polêmica na área internacional da Petrobras, ao comprar poços de petróleo na África, sendo ele um dos homens mais ricos do Brasil, um País pobre e, mesmo assim, de esperanças que vencem os medos.

A senhora não disse nada sobre André Esteves foi pelo fato de ele ser banqueiro e rico? Haveria na senhora algum senso de seletividade, como o há na mídia que reforçou com grande destaque as suas palavras?

Enfim, perdoe-me pela ousadia de exercer o direito de questionar, de me indignar contra as seletividades e contra o deboche em relação ao povo que tem esperança, apesar do medo que diuturnamente lhe impingem.

• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.

• Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Marcha das Mulheres Negras em Brasília-DF, -Moção de Repúdio

Imagem retirada da internet



Por Agamenon Torres Viana

Moção de Repúdio
Durante a realização da Marcha das Mulheres Negras em Brasília-DF, manifestantes acampados na Esplanada pro-impeachment e pela intervenção militar ameaçaram, constrangeram e colocaram em risco a segurança e integridade das integrantes da marcha ao utilizarem saudações nazistas, manifestações racistas e machistas e dispararem tiros no meio do aglomerado de quase 30.000 (trinta mil) pessoas.
O direito de manifestação e liberdade de expressão é direito fundamental, mas não autoriza o discurso de ódio, incitação ao crime e discriminação.
A Marcha das Mulheres Negras é um movimento pacífico por pautas que contemplem a interseccionalidade, marcado por união, solidariedade e sororidade. Transcorreu sem nenhum outro incidente.
A ação perpetrada pelos manifestantes acampados na Esplanada pro-impeachment e pela intervenção militar se adequa ao tipo penal previsto no artigo 15 da Lei 10.826/2003 (estatuto do desarmamento), artigo 147 do Código Penal e ao crime de racismo previsto na Lei 7716/89.
Agrava-se a situação pelo fato de o autor dos disparos ser policial, em tese ciente de suas responsabilidades e dos imperativos que regem sua função.
Numa época em que se luta para que igualdade e dignidade humana sejam princípios universais materiais, é inadmissível que posturas de segregação e constrangimento ainda sejam perpetradas e permaneçam impunes.
Nossa luta é pela eliminação de todas as formas de racismo e machismo, pelo que repudiamos os atos criminosos em sua integralidade e aguardamos as medidas cabíveis.
A CMA/OAB/DF continua atenta e militante na efetivação dos direitos fundamentais e no papel da OAB de defesa do Estado Constitucional.
Comissão da Mulher 



terça-feira, 17 de novembro de 2015

Oração Pela Paz Mundial




 Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas.
 Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação.
 Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.
 Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente  das crianças.
 Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e   calando as aves dos céus.
 Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e aos pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.
Esta oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz!
 Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!
 Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!
  (Prece recebida por Gerson Simões Monteiro pela inspiração no dia 11/09/2001, diante da destruição das Torres Gêmeas nos EUA, publicada no jornal EXTRA do dia 16/09//2001 )

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Mensagem de Solidariedade a Dilma Roussef




Carta aberta a Dilma a propósito dos insultos no WhatSApp. Por Nathalí Macedo



Postado em 09 out 2015
Os executivos diminuíram a si próprios
Os executivos diminuíram a si próprios
Dilma,

Não começo com Senhora Presidente ou Excelentíssima Senhora ou nenhum vocativo pomposo; começo com esta pessoalidade porque a mensagem que deixo aqui não é para a Presidente da República. É para a Dilma mulher, que você certamente continua sendo independente do cargo que ocupe.
É uma mensagem de solidariedade, como eu gostaria de escrever para cada mulher que sofre ataques sórdidos de preconceito na era das redes sociais – em que tudo parece ser permitido, e a falta de escrúpulos e humanidade é viralizada como se fosse novidade. Então, a interlocutora desta mensagem não é a Chefe de Estado, é a minha companheira de luta, como são minhas companheiras de luta as mulheres gordas, magras, brancas, negras, instruídas e não-instruídas. Todas, indistintamente.
Não pretendo adentrar nos seus méritos políticos, mas não devo esquecer-me – como muitos cidadãos brasileiros têm feito – de sua história de luta.
Devo lembrar que a senhora foi membro do Comando de Libertação Nacional (COLINA), da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) e outras organizações que defendiam a luta armada contra o Regime Militar. Que foi presa política durante três anos e foi torturada durante a ditadura. Devo lembrar, portanto, a quem esquecer, que a senhora tem uma história política e humana que merece ser respeitada.
A despeito disto, devo lembrar de seus 68 anos de vida. É exatamente a idade da minha avó. Então, ainda que não houvesse nos livros de história registros de sua contribuição política no Brasil, eu ainda assim deveria-lhe respeito, porque fui criada e educada para respeitar as pessoas, especialmente as mais velhas.
Acontece que nem todos os brasileiros o foram, e exatamente por isso esta deve ter sido uma semana difícil para a senhora. Confesso que me envergonhei – enquanto cidadã brasileira e enquanto mulher – das ofensas sórdidas dirigidas à senhora, vazadas de um grupo de whatsapp do qual participavam os principais executivos da Andrade Gutierrez.
Adjetivos como “velha gorda”, “sapa” e “cara do satanás” são daqueles que não se pode repetir sem sentir tristeza e vergonha profunda por saber que uma mulher da sua idade – e independente de sua posição, ressalte-se – seja obrigada a ler insultos públicos tão cruéis.
Quero lhe dizer que a crueldade que foi imbutida nestas críticas, em termos tão vergonhosamente chulos, é a mesma crueldade dirigida a muitas de nós, mulheres, todos os dias. Nós, chamadas de gordas, sapas, Satanás, pandoras, putas, vitimistas. Nós, que somos sempre culpadas. A senhora, a despeito de sua posição política, de sua idade e de sua história de vida, não escapou do ódio irracional desta parcela desprezível do povo brasileiro. Sinto muito, mas nenhuma de nós escapa.
Além disso, é justo que saiba que eu e algum quinhão da população brasileira não nos deixamos contaminar pelo ódio que vem se instalando no país. Ainda há pessoas que não lotam estádios de futebol para gritar-lhe palavras de baixo escalão ou a insultam secretamente em grupos na internet.
Mas coexistimos, infelizmente, com uma direita movida pelo ódio, pela sordidez e pela desumanidade; quero avisar-lhe que nós estamos engajados em refutar a esse ódio com uma serenidade inteligente que só pessoas que mantém em suas vida alguma humanidade são capazes.
Estou certa de que percebeu isto, e quero que saiba que percebemos também: o ódio dirigido à senhora nestas conversas vazadas recentemente demonstram que a direita brasileira ainda não sabe lidar com uma mulher em sua posição. Xingam-na como se ainda ocupassem carteiras de uma turma de quinta série porque são preconceituosos e inescrupulosos, é verdade, mas especialmente porque não conseguem tratá-la com o mínimo de igualdade. Não conseguem engolir uma mulher na presidência.
Eu nunca ouvi, por exemplo, um presidente – por mais oposição que tenha enfrentado – ser xingado de gordo, ainda que alguns o fossem. Nunca vi a direita brasileira expecular sobre a sexualidade de políticos homens. “Corruptos, salafrários, pilantras” e toda a sorte de ofensas públicas, admito, mas nunca gordos ou gays.
A verdade é que a direita brasileira perdeu o controle. A dificuldade em manter posicionamentos jurássicos combatidos vorazmente por uma parcela cada vez mais politizada da população os tem levado a transparecer, de uma maneira cada vez mais insana, o próprio desrespeito e desumanidade.
Quero dizer, portanto, a esta Dilma mulher, que ela não precisa ser magra ou atraente. Que não deve envergonhar-se dos insultos – vergonhosos, na verdade, para quem os proferiu – e que sua aparência física ou vida particular não precisa estar sujeita à crueldade de uma direita podre. E que mostre a quem ainda não notou – como a mulher forte que sempre foi – que os discursos de ódio não passarão. Para que, quem sabe, em algum futuro próximo, a direita brasileira possa perceber que a igualdade é mais que um direito – é a palavra de ordem. E ela não comporta preconceito ou discurso de ódio – nem a mim, nem à Presidente da República e nem a ninguém.
Dilma, nós, mulheres, acreditamos que alguém que venceu a ditadura não pode ser vencida pelo ódio de uma direita inconformada. E enquanto suas companheiras de luta, nós e o feminismo te abraçamos.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Nathali Macedo
Sobre as Autora Nathali  Macedo
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo