terça-feira, 14 de novembro de 2017

A ESTRANHA E PERIGOSA PROXIMIDADE COM O REI-SOL


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''POR .: _Rafael Galvão
A ESTRANHA E PERIGOSA PROXIMIDADE COM O REI-SOL
Como temos acompanhado o Governo Temer, dia a dia, tem aberto seu “baú de maldades” para com a população brasileira, principalmente com os pobres, e tem sido benevolente com os ricos e com nações estrangeiras. Em especial com os EUA.
É informação privilegiada aqui. Uma Base aérea de Alcântara, ali. Base estadunidense no coração da Amazônia acolá. O Pré-sal pseudoleiloado mais à frente. Numa sanha de lesar o país – NUNCA ANTES VISTO EM NOSSA HISTÓRIA – Temer, o temerário, entrega, dá e oferta o patrimônio de toda a sociedade. Colocando em risco o futuro da nação brasileira.
Na Política, assim como na astrofísica, a aproximação de corpos celestes menores com os de maior grandeza, tende a atrair os menores, uma vez que o campo gravitacional das grandes estrelas são infinitamente maiores. A tendência é o corpo de maior densidade absorver o de menor. Portanto, essa aproximação irresponsável e despudorada do Brasil com os EUA levará o país a um retrocesso enorme, afinal, o que é bom para os EUA não é bom para o Brasil.
O Império, se sentindo ameaçado por uma China em forte ascensão e por uma Rússia armada até os dentes e pelo surgimento dor BRICS – Grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - resolve marcar posição e território. Investe, agora no denominado Golpe “Soft”.Utiliza-se da mídia vassala nacional e de parte do Judiciário apátrida para derrubar governos, mudar leis, cassar direitos. Promover o retrocesso.
O Império, “tal qual a dona do bordel”, não aceita concorrência. Nem o “livre mercado” que tanto prega, mas sabota na surdina. Prega a Democracia, mas investe nos Golpes e ditaduras no mundo. Dinheiro acima de tudo!
O Governo corrupto, golpista, ilegítimo, antipatriótico chafurda nesse lamaçal estadunidense. Regozija-se, se farta e empapuça em meio a um povo que se queda desamparado, entorpecido. Ainda desnorteado com tantas incursões destrutivas de um grupo alçado ao poder através de uma quebra do rito democrático e das instituições.
A sombra do “grande irmão do norte” é para nós um impedimento de crescermos com independência, com saúde e autonomia. Essa “tutela” neocolonial é evidente nas ações de um governo nitidamente identificado com os interesses das transnacionais, dos grupos financeiros. Do capital volátil. Em prejuízo ao capital produtivo nacional.
Temer, que antes de tomar posse já era acusado de ser informante da embaixada dos EUA em Brasília, mostra que é bom funcionário do Tio Sam, fazendo aquilo que nem FHC sonharia em fazer: Inviabilizar o projeto de Nação tão sonhado por inúmeros brasileiros que deram suas vidas à causa, ao país e ao semelhante.
O Império, mesmo carcomido pelo “azinhavre das moedas viciadas” ainda demonstra pujança – afinal de contas, sua economia é maior que de toda a Europa – e ainda quer marcar seus territórios pelo mundo. Ainda mais agora que tem tido alguns reveses no Oriente Médio. Por isso o Brasil não pode sair debaixo de suas garras. Afinal, quem seguraria esse gigante uma vez acordado de seu “berço esplêndido”? Uma vez com uma política econômica que buscasse viabilizá-lo como potencia? Uma vez que tivesse uma política externa que pregasse “a autodeterminação” dos povos? Que fosse protagonista nos BRICS? Com Uma reserva monstruosa de Petróleo... Quem seguraria esse gigante? Por isso ele deve permanecer em coma!
A salvação do Brasil reside em uma consciência que transcenda ao patriotismo. Precisamos de consciência nacionalista. De defesa dos interesses nacionais. Da busca do Brasil Potencia afim de influir no Grande Tabuleiro das Nações. Uma potencia humanista, anti-imperialista, com poder de influencia. Agindo em conjunto com nações em desenvolvimento e com as nações do chamado Terceiro Mundo. Objetivando o fim da fome e miséria no mundo. Um papel digno.
Por isso nosso campo político, o campo progressista, deve ter consciência da importância histórica desse momento. Deve deixar suas querelas e disputas de lado e marchar rumo à unidade, objetivando esse país que todos queremos. Com JUSTIÇA SOCIAL mas INDEPENDENTE! Fazendo seu próprio caminho. O Brasil é maior que todos nós, nossas disputas, vaidades, visão de hegemonia e caprichos. Unidade deve ser nossa palavra de ordem!
Que, enfim, o “Gigante” acorde e tome as rédeas do seu destino pelas mãos e cumpra sua missão num mundo cujo sobrenome é desigualdade. Só depende de nós!
“... Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil...”
Rafael Galvão
Ex Subsecretário de Trabalho do DF
Ex Coordenador-Geral do PROJOVEM TRABALHADOR - MTE
Ex Diretor Nacional de Qualificação - MTE''

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Não se esqueça de me lembrar


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Minha face será esquecida.
Meu semblante tornar-se-á lembrança distante.
Meus modos e hábitos tornar-se-ão com o tempo desconhecidos.
Mas as palavras ficarão.
De tempos em tempos alguém há de citar;
Uma frase, um verso ou uma rima.
E onde eu estiver ei de sorrir pela lembrança querida.
Pela lembrança do momento vivido que trouxe aquele argumento.
Pela lembrança de uma vida esquecida no tempo.
Só lembrada nas paginas amareladas de um velho livro.
De uma folha jogada.

De um dia vivido.

Monica Regina Cardoso



      

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Onde reside o valor do Ser Humano?







Por Babi_ “O Ser humano é estranho…
Briga com os vivos, e leva flores para os mortos;
Lança os vivos na sarjeta, e pede um “bom lugar para os mortos”;
Se afasta dos vivos, e se agarra desesperados quando estes morrem;
Fica anos sem conversar com um vivo, e se desculpa, faz homenagens, quando este morre;
Não tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto;
Critica, fala mal, ofende o vivo, mas o santifica quando este morre;
Não liga, não abraça, não se importam com os vivos, mas se autoflagelam quando estes morrem…
Aos olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na sua morte, e não na sua vida.

É bom repensarmos isto, enquanto estamos vivos!”
(Papa Francisco)

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

''A origem de "coxinha"

    
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''A origem de "coxinha"
Texto de Márcia Tigani, médica psiquiatra, escritora e poetisa
"Quando estou entre meus amigos eu costumo relatar uma historieta acerca da gênese da expressão "coxinha". Hoje, depois que um amigo me pediu para contá-la novamente, eu achei que seria uma boa hora para registrá-la por aqui para que todos vcs pudessem conhecê-la.
O nome/ termo "Coxinha" veio de uma gíria já existente há décadas na cidade de São Paulo e que antes designava apenas um xingamento direcionado aos policiais. “Encarregados de fazer a ronda, eles se alimentavam de coxinha em bares e lanchonetes – e, em troca, garantiam a segurança local."
Prestavam, em meio ao seu turno de serviço público, um bico de segurança momentânea a certos comerciantes que lhes ofereciam como pagamento apenas migalhas (coxinha e café coado).
Esses policiais costumavam e ainda costumam espantar das portas das padarias e similares os pivetes e os jovens moradores das comunidade locais. Eles costumavam e costumam espantar/afastar jovens que muitas vezes cresceram juntamente com seus irmãos e que por vezes frequentaram ou frequentam as mesmas escolas que eles frequentaram. Ou seja, são todos conhecidos, têm o mesmo berço econômico e social.
Tais jovens, ao serem "afastados/espantados" para longe dos estabelecimentos comerciais guardados pelos policiais ficavam furiosos e gritavam para os tais policiais: "seu coxinha, vc sabe que eu não sou bandido. Vc me conhece. Vc está defendendo esse cara em troca de uma mísera coxinha. Coxinha, coxinha!"
Ou seja, o coxinha, naquele contexto, era um Xingamento dirigido a um policial que se escondia de sua própria condição (pobre, favelado e sem estirpe, mas que enganado por seu uniforme, pensava ser igual ou próximo ao rico comerciante e o avesso dos jovens pobres que ele espantava do local).
A expressão coxinha passou então a ser sinônimo daquele que defende um status quo ao qual ele não pertence. Ele defende os ricos, pensa ser rico, mas na verdade é um objeto a serviço dos ricos. Um instrumento para subjugar os seus iguais. O coxinha nunca terá o poder de um Aécio, dos Marinho ou de qualquer outro milionário ou mero empresário, mas ao defendê-los, o coxinha julga ser igual a eles.
Esses milionários não reconhecem o coxinha como seu par em igualdade, mas sim como um instrumento barato que defende e garante que ele (milionário) sempre tenha mais e mais.
O coxinha (na acepção primeira) é o policial que faz segurança na frente das padarias: defende o rico comerciante, acha q é amigo do dono da padaria, mas no fundo é apenas um instrumento barato. Esse policial vira as costas para os seus iguais, impede-os de esmolar por ali, usa da força para tira-los do campo do rico comerciante. Mas, caso uma desventura aconteça e esse policial venha a perder o seu emprego, esse rico comerciante não lhe garantirá direitos, nem comida e nem apoio. De modo oposto, os seus iguais, a sua comunidade, certamente lhe oferecerão o apoio necessário e até farão alguma rifa para ajudar sua família a não passar fome.
É isso: o coxinha é aquele que luta por alguém que nunca, jamais irá garantir-lhe os direitos de que ele precisa. O coxinha é o enganado. O termo se generalizou e passou a descrever o cara que pensa que um governante rico e poderoso irá construir melhorias para os trabalhadores, quando na verdade esses trabalhadores receberão desse tipo de governante apenas migalhas.
O coxinha pensa que é classe dominante. Ele se uniformiza à classe dominante: usa camisa polo de marca, já foi aos states, comprou casa e SUV financiados, critica as cotas e os nordestinos, fala mal do SUS e da ignorância da faxineira. O coxinha é o policial uniformizado na porta da padaria que pensa ser diferente dos jovens da comunidade. O coxinha é o cara que põe gel no cabelo e sai por aí esnobando o seu brega Rolex e pensa ser igual ao CEO da multinacional. Ambos enganados, ambos coitados, ambos à mercê da fuga de suas origens.
Essa é a história da gênese da expressão coxinha e que eu desencravei há alguns anos em uma das tantas pesquisas que fiz por São Paulo.
Coxinhas são aqueles que viverão ao sabor das migalhas frias acompanhadas de café coado. A eles restará sempre e tão somente a azia e a má digestão, pois quem se iguala ao diferente recebe o que esse diferente acha que ele merece: coxinhas frias e nunca uma CLT."

COPIADO DE .:Rita Candeu

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

LULA em; _'O que é que eu tenho, Excelência? '


Nos braços do povo, a chegada de Lula a Curitiba para depor

 


Recopiado de.;

LULA, ontem, 
VIA Eros Antonio Ferreira Lang: 
"Meritíssimo, Vossa Excelência acha que eu, em troca do que fiz para todos os brasileiros, dos mais miseráveis aos mais ricos, sem nenhuma luta de classes, sem nenhuma revolução sangrenta, a ponto de entregar meu governo com aprovação de 80%, e com esse reconhecimento nacional e mundial todo, iria me comprometer recebendo como recompensa um tríplex que mal vale R$ 2 milhões e um sítio de terceira categoria? 
Se eu quisesse recompensa pelo simples cumprimento de minhas obrigações como presidente da República, e se eu sou o maior corrupto deste país, como a mídia poderosa anda espalhando por aí, eu seria o dono e usufrutuário, com tudo passado em cartório, com tudo faturado e pago, de um conjunto de bens à altura dessa fama toda. 
Eu seria o dono da cobertura de Sérgio Cabral, na praia do Leblon, do apartamento de Fernando Henrique na Avenue Foch, em Paris, da mansão do dono do Banco Safra, que valem, respectivamente, 20, 20 e 200 vezes o tal tríplex de Guarujá. 
Em vez do sítio em Atibaia, eu teria a suntuosa fazenda de Fernando Henrique em Minas Gerais, ou um aeroporto privado construído com o dinheiro público, como Aécio Neves. 
Eu teria ligações com o tráfico de drogas e armas, com o PCC. 
Eu teria a mansão de 1.100m2 dos donos da Globo em terreno de 29 hectares da Marinha em área de proteção ambiental, com praia privativa, em Paraty. 
Eu teria ainda haras, helicóptero, jatinho, iate, tudo de alto luxo, uma grande coleção de obras de arte de alta cotação no mercado. 
Eu seria o dono do maior museu particular de arte sacra do Brasil na cobertura do finado Antônio Carlos Magalhães. 
Eu teria ainda o império de José Sarney no Maranhão. Eu seria tão rico quanto Jorge Bornhausen, Sílvio Santos, Paulo Maluf. 
Eu teria uma fazenda com 500.000 cabeças de gado, como o banqueiro Daniel Dantas. 
Eu teria a casa da Dinda e uma frota de carros os mais luxuosos e sofisticados, como Fernando Collor. Eu teria um bom punhado de ações do Banco Itaú, do Bradesco, do Safra, do Santander e de várias empresas que não pagam impostos e sonegam à Previdência Social. 
Eu teria muitos milhões de reais aplicados em ouro, renda fixa e depósitos em paraísos fiscais. 
Eu seria o dono de um império midiático para receber polpudas verbas de propaganda do governo. 
O que é que eu tenho, Excelência? 
Onde é que eu moro, Dr. Moro? 
Será que não posso continuar tomando minha cachacinha, comendo minha mortadela, meu churrasco? 
Será que não vou poder mais sair pelas ruas e cair nos braços do povo, esse povo que tanto deseja que eu volte ao Planalto? 
Será que eu vou ser condenado e preso sem prova?" 
E virando-se para Deltan Dallagnol: "isso é justo, Sr. Procurador?"

    

quarta-feira, 12 de julho de 2017

NÃO HÁ CADEIA SUFICIENTE PARA LULA



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NÃO HÁ CADEIA SUFICIENTE PARA LULA

Texto do professor da UNB - Perci Coelho de Souza
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Não há cadeia suficiente para Lula, não há construção erigida que suporte tamanha pena, que dê conta de tanto pecado. Haja grades de ferro e de aço que sejam capazes de segurar, de reter e de trancafiar tanta coisa numa só, tanta gente num só homem. Não há cadeia no mundo que seja capaz de prender a esperança, que seja capaz de calar a voz.
Porque, na cadeia de Lula, não cabe a diversidade cultural
Não cabe, na cadeia de Lula, a fome dos 40 milhões
Que antes não tinham o que comer
Não cabe a transposição do São Francisco
Que vai desaguar no sertão, encharcar a caatinga
Levar água, com quinhentos anos de atraso,
Para o povo do nordeste, o mais sofrido da nação.
Pela primeira vez na história desse país.
Pra colocar Lula na cadeia, terão que colocar também
O sorriso do menino pobre
A dignidade do povo pobre e trabalhador
E a esperança da vida que melhorou.
Ainda vai faltar lugar
Para colocar tanta Universidade
E para as centenas de Escolas Federais
Que o ‘analfabeto’ Lula inventou de inventar
Não cabem na cadeia de Lula
Os estudantes pobres das periferias
Que passaram no Enem
Nem o filho de pedreiro que virou doutor.
Não tem lugar, na cadeia de Lula,
Para os milhões de empregos criados,
(e agora sabotados)
Nem para os programas de inclusão social
Atacados por aqueles que falam em Deus
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O ex-presidente Lula ganhou nesta quarta-feira o título de doutor honoris causa da Universidade de Salamanca, na Espanha. O título é o 27ª honoris causa ...


E jogam pedras na cruz.                                          
Não cabe na cadeia de Lula
O preconceito de quem não gosta de pobre            
O racismo de quem não gosta de negro
A estupidez de quem odeia gays
Índios, minorias e os movimentos sociais.
Não pode caber numa cela qualquer
A justiça social, a duras penas, conquistada.
E se mesmo assim quiserem prender
– querer é Poder (judiciário?),
Coloquem junto na cadeia:
A falta d’água de São Paulo,
E a lama de Mariana (da Vale privatizada)
O patrimônio dilapidado.
E o estado desmontado de outrora
Os 300 picaretas do Congresso
E os criadores de boatos
Pela falta de decência
E a desfaçatez de caluniar.
Pra prender o Lula tem que voltar a trancafiar o Brasil.
O complexo de vira-latas também não cabe.
Nem as panelas das sacadas de luxo
O descaso com a vida dos outros
A indiferença e falta de compaixão
A mortalidade infantil
Ou ainda (que ficou lá atrás)
Os cadáveres da fome do Brasil.
Haja delação premiada
Pra prender tanta gente de bem.
Que fura fila e transpassa pela direita
(sim, pela direita)
Do patrão da empregada, que não assina a carteira
Do que reclama do imposto que sonega
Ou que bate o ponto e vai embora.
Como poderá caber Lula na cadeia,
Se pobre não cabe em avião?
Quem só devia comer feijão
Em vez de carne, arroz, requeijão
Muito menos comprar carro,
Geladeira, fogão – Quem diz?
Que não pode andar de cabeça erguida
Depois de séculos de vida sofrida?
O prestígio mundial e o reconhecimento
Teriam que ir junto pra prisão
Afinal, (Ele é o cara!)
Os avanços conquistados não cabem também.
Querem por Lula na cadeia infecta, escura
A mesma que prendeu escravos,
‘Mulheres negras, magras crianças’
E miseráveis homens – fortes e bravos
O povo d’África arrastado
E que hoje faz a riqueza do Brasil.
Lula já foi preso, ele sabe o que é prisão.
Trancafiado nos porões da ditadura
Aquela que matou tanta gente,
Que tirou nossa liberdade
A mesma ditadura que prendeu, torturou.
Quem hoje grita nas ruas
Não gritaria nos anos de chumbo
Na democracia são valentes
Mas cordatos, calados, covardes
Quando o estado mata, bate e deforma.
Luis Inácio já foi preso,
Também Pepe Mujica e Nelson Mandela.
Quem hoje bate palmas, chora e homenageia,
Já foi omisso, saiu de lado e fez que não viu.
Não vão prender Lula de novo
Porque na cadeia não cabe
Podem odiar o operário
O pobre coitado iletrado
Que saiu de Pernambuco
Fugiu da seca e da fome
Pra conquistar o Brasil
E melhorar a vida da gente
Mas não há
Nesse mundão de meu Deus
Uma viva alma que diga
Que alguém tenha feito mais pelo povo
Do que Lula fez no Brasil.
“Não dá pra parar um rio
quando ele corre pro mar.
Não dá pra calar um Brasil,
quando ele quer cantar.”
Lula lá!Imagem relacionada

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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Brasil, um país miscigenado onde se perseguem os Negros








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cartunista Carlos Latuff. *“A política de segurança pública militarizada tem como alvo os pobres e excluídos, ‘inimigos eternos’ sujeitos ao extermínio”, Juiz João Batista Damasceno.“

Postado por Vera Dumas:
"Essa semana estava voltando num ônibus do centro da cidade do Rio de Janeiro e um policial entrou no ônibus e foi direto a um jovem negro que estava sentado ao meu lado.... pediu os documentos e o rapaz prontamente entregou... revistou o rapaz e olhou a mochila que ele carregava.... até ai fiquei calada.... embora estivesse incomodada com o fato de só ter abordado esse rapaz... o ônibus não estava cheio... tinham muitos lugares vazios... Bom... por fim o policial dá a seguinte sentença ao rapaz... VOCÊ VAI TER QUE SALTAR E ME ACOMPANHAR ATÉ A DELEGACIA.... o olhar do rapaz era de confusão e medo... então como sou BOCUDA não consegui ficar calada... pensei em um filho meu... o rapaz tinha idade pra ser... ai falei... POR QUE O SENHOR VAI LEVA-LO??? ELE É SUSPEITO DE ALGO??? FOI DENUNCIADO??? O SENHOR ACHOU ALGO DE ESTRANHO COM ELE OU NAS COISAS DELE???
O policial com cara de poucos amigos pq eu estava questionando disse... não... não encontrei nada... e não há denúncia... é só pra averiguação.... ai o policial me perguntou..... VOCÊ É MÃE DELE??? eu disse não.... VOCÊ É ALGUMA COISA DELE??? eu disse não... ENTÃO POR QUE A SENHORA ESTÁ SE METENDO??? já com ar ameaçador disse... A SENHORA QUER OBSTRUIR A JUSTIÇA??? então eu disse..... NÃO MEU CARO... O SENHOR É POLICIAL... E QUE EU SAIBA A JUSTIÇA É FEITA POR JUÍZES.... PROMOTORES E ADVOGADOS... E ESTE NÃO ME PARECE O CASO...
o policial então pareceu muito irritado com o que eu disse e se virou pro restante dos passageiros como que querendo aprovação e disse... NÃO INTERESSA, ELE VAI COMIGO... ai eu não consegui me controlar e disse.. ENTÃO EU TAMBÉM VOU... isso se seguiu a um senhor também negro que estava sentado duas cadeiras atrás de mim.... esse senhor disse EU TAMBÉM VOU... ai foi um falatório... vários passageiros disseram EU TB VOU... ai então eu disse... VAMOS TODOS ENTÃO.... MOTORISTA DÁ PRA VOCÊ LEVAR A GENTE??? uma mulher que estava sentada lá na frente disse... DEIXA A POLICIA LEVAR ELE... ESSE CARA PODE QUERER NOS ASSALTAR... mas a maioria das pessoas começaram a gritar... o policial visivelmente contrariado disse...VOCÊS PODEM ESTAR PROTEGENDO UM MELIANTE... MAS VOCÊS É QUE SABEM... QUEREM ELE NO ÔNIBUS ENTÃO QUE FIQUEM COM ELE..
e saiu do ônibus esbravejando... a viagem seguiu e o rapaz estava visivelmente amedrontado... puxei conversa e fiquei sabendo que tinha se formado na CEFET ano passado e estava cursando engenharia robótica na UFRJ... detalhe vi as carteiras da CEFET e da UFRJ.... ele estava tão nervoso com a abordagem que nem pensou em mostrar esses documentos.... ele ligou pra mãe... contou o ocorrido e me pôs pra falar com ela...m ela estava indignada e me agradeceu dizendo que ele tem 19 anos.... é muito estudioso e tímido.. tem dificuldade em se defender e fica sem ação quando confrontado...
Pergunta que não quer calar.... PORQUE O POLICIAL QUERIA LEVAR AQUELE RAPAZ??? SERÁ QUE SE ELE FOSSE LOIRO DE OLHOS AZUIS ELE TERIA A MESMA VONTADE DE RETIRA-LO DO ÔNIBUS? ??
HOJE AO LER ESSA NOTÍCIA QUE ESTOU POSTANDO ACHEI QUE DEVERIA CONTAR ESSA HISTÓRIA PORQUE NÃO É UM CASO ISOLADO NÃO. .
UM PAÍS MISCIGENADO COMO O NOSSO NÃO PODE ACEITAR ESSAS POSTURAS..."
(Postado por Vera Dumas)

*Origem da imagem, com boas reflexões a respeito. Veja e tire suas conclusões:https://flitparalisante.wordpress.com/2013/08/30/policial-fardado-atirando-contra-um-homem-negro-crucificado/

domingo, 9 de julho de 2017

Classe média X grevistas '' Vagabundos''



1 DE JULHO DE 2017 17:55
QUANDO SEM ESPERAR, ABRO OS OLHOS, E DOU DE CARA COM UMA PEROLA DESTA COMPARTILHADA PELO PROFESSOR Jorge Franco
Meu Deus, como eu tenho tentado mostrar esta realidade ao povo brasileiro, e nunca consegui encontrar palavras que me dessem a dimensão exata daquilo que queria expressar. Eis que no fim da vida aos 70 anos de idade encontro esta perola da literatura trabalhista, cujo autor desconhecido, deixou-a para todos aqueles que queiram ser seus autores. Obrigado Autor desconhecido por tamanha lucidez e sentimento coletivo.
Via Professora Katarina Reis
Quando um sujeito de classe média diz que greve é coisa de vagabundo, eu fico com vontade de sentar com ele numa pracinha, comprar um algodão doce, respirar fundo e falar:
"Sabe fulaninho esperto, há 100 anos atrás não existia classe média. Não existia você. Não existia autonomia. Não existia profissional liberal. Nem existia assalariado. Há 100 anos atrás, fulaninho, existia uma pequena elite difusa que se transformou em burguesia, herdeira secular de terras, privilégios, favores e negócios que remetem aos regimes monárquicos, seja no Brasil ou na Europa. Essa elite era dona de tudo: das terras, das fábricas, dos meios de produção. E tudo o que o povão tinha era fome, sede, frio, calor e força de trabalho pra vender por QUALQUER merreca que essa elite quisesse pagar.
Sabe fulaninho, esse povão trabalhador, durante décadas, foi explorado, torturado, privado de tudo, em nome do lucro de poucos. E durante décadas esse povão precisou se unir, e lutou, combateu, apanhou, foi preso....até ser ouvido para, pouco a pouco (bem lentamente mesmo), à duras penas, conquistar direitos trabalhistas que hoje regulam o que você faz.
E foi esse povo que, consolidados os seus direitos, passou a ser um negócio chamado: classe média. Esse povo, com muito suor e sangue, inventou uma classe social potente e enorme que, no caso, Fulaninho, é a SUA classe social. Você é o resultado prático da luta, das greves, das manifestações, e de toda organização política feitas por gente que, por sua força de MASSA, de CONJUNTO, conseguiu mudar o paradigma do século 20.
Seja você um autônomo, dono de uma pequena ou média empresa, seja você um profissional liberal, um prestador de serviços...seja você o que for, você foi inventado por GREVISTAS e só existe porque GREVISTAS permitiram que você pudesse existir e ser livre.
Sem os grevistas, fulaninho espertalhão, hoje você estaria dormindo 3 horas por dia e almoçando água com pedra. Sempre na nobre companhia de um senhorio com uma CHIBATA na mão para que você nunca se esqueça quem manda.
O tempo passou, o mundo mudou, mas nem tanto. Eles continuam tendo o poder e sendo poucos. E os trabalhadores continuam sendo a maioria e fazendo da sua UNIÃO a única arma para garantir sua sobrevivência e seus direitos.
Acorda, fulaninho! O único vagabundo aqui é aquele que teve preguiça e a incapacidade de ler os livros de história:
Você  ".
Autor: qualquer um que copie e cole, enfim, 😄Passe adiante!
QUI 17:49

domingo, 4 de junho de 2017

TIRADENTES

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 TIRADENTES
   POR .:(Marcos Cunha)
Há tantas histórias na História da vida que, esta, por vezes, diverte-se ao plagiar suas próprias obras. Mas, como não existem plágios perfeitos, também não é minha intenção comparar as personalidades dos personagens destacados nesta redação, que viveram em épocas tão diversas.
São dois os personagens. Ambos possuíam barbas longas e cabelos compridos. Um nasceu em São José, vilarejo que atualmente leva o seu nome, na capitania de Minas Gerais, em 1746. Filho de pais pobres, foi um menino igual a qualquer outro.
O outro, nasceu numa terra distante no tempo e no espaço. José era o nome do seu pai, hoje conhecido como São José. Teve por berço apenas algumas palhas de uma manjedoura. Pobres, seus pais o criaram como um menino igual a qualquer outro.
O primeiro personagem chamou-se Joaquim José. O segundo chamou-se Jesus de Nazaré. Joaquim era seu avô e José era seu pai.
Joaquim José: abandonou a profissão de dentista para abraçar a 6ª. Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais, ocupando o posto de Alferes. A honestidade e a coragem marcaram, sempre a sua conduta, porém a injustiça, com que os homens (brasileiros) eram tratados pelo reino Português, acendeu idéias em sua cabeça. Idéias de liberdade, às quais ele se apegou e propagou.
Jesus de Nazaré: abandonou a profissão de carpinteiro para abraçar a companhia dos homens do povo e ocupar seus corações. Bondade e coragem sempre marcaram sua conduta, porém a injustiça a que eram submetidos os homens (judeus), fez com que ele expusesse suas idéias, às quais o povo se apegou e propagou.
Joaquim José expôs suas idéias a alguns companheiros e estes o apoiaram. Assim, ficou resolvido que, no dia da “derrama”, como era chamada a cobrança de impostos atrasados, seria o “batizado” – como convencionou-se chamar a rebelião. Os adeptos aumentaram e entre eles estava o coronel Joaquim Silvério (JS), pessoa de reputação duvidosa que só foi aceito pelo fato de haver contraído enorme dívida com o reino de Portugal e, com a liberdade, julgava-se que suas contas seriam saldadas, podendo vir a ser, com isso, fiel à causa. Porém os planos de Joaquim Silvério eram outros. Assim, de posse de todas as informações, na noite de 15 de março de 1789 trocou o perdão para as suas dívidas pela cabeça do seu Líder por um punhado de moedas. Nesse instante crucial Joaquim José, o líder, estava ausente dos seus companheiros. Tinha ido ao Rio para conseguir apoio da guarnição carioca.
Jesus de Nazaré, tendo exposto suas idéias, foi seguido pelos companheiros. Derramou sua sabedoria sobre os homens e foi batizado, como era costume. Os adeptos aumentaram e entre eles estava Judas Scariotes (JS), pessoa de reputação duvidosa, mas que foi aceito, de braços abertos, por haver contraído enorme dívida com o reino dos Céus e, por isso mesmo, mais necessitado estava de AMOR. Poderia remir suas faltas com a obtenção do perdão das suas dívidas. Vindo a ser útil à causa do Mestre. Porém os planos de Judas Scariotes eram outros. Assim, mesmo de posse de todo o conhecimento, na noite fatídica, trocou a cabeça de seu Mestre por um punhado de moedas (30). Nesse instante crucial, Jesus estava ausente dos seus irmãos. Tinha se retirado para o Horto das Oliveiras, onde orava e pedia apoio a seu Pai.
Uma patrulha saiu em busca de Joaquim José e o prendeu, sem que houvesse reação por parte dele. Todos os outros negaram participação na revolta. Chamando para si toda a culpa, num inquérito que durou três longos anos, Joaquim foi condenado à morte na forca e a sentença dizia: “Que seu corpo seja esquartejado e seus pedaços colocados em lugares visíveis, nas praças freqüentadas por ele. Seus bens confiscados, sua casa destruída e o salgado solo, para que ali não mais se edificasse. Sua família amaldiçoada até a 5ª. geração.” – A intenção era torná-lo um exemplo para quem ainda ostentasse idéias de liberdade. O caminho até a forca, no Largo da Lampadosa, foi curto e ele o percorreu com a corda ao redor do pescoço. Foi lida a sentença e seu corpo balançou no madeiro da forca, às 11 horas e vinte minutos do dia 21 de abril de 1792. Esse foi o início da liberdade de um povo.
Longe, no tempo, também houve uma patrulha indo em busca de Jesus de Nazaré. Rendeu-se sem esboçar qualquer reação. Todos O negaram. Foi-lhe atribuída toda a culpa. Julgado sumariamente após uma longa noite de sofrimento, foi condenado a morrer na cruz, por um crime que não cometera. Seu corpo foi flagelado e em sua cabeça foi enterrada uma coroa de espinhos. O caminho até o calvário foi longo e ele o percorreu arcado sob o peso da cruz que levava aos ombros. Lida a sentença, seu corpo ficou suspenso no madeiro num dia em que o céu escureceu e a chuva açoitou a Terra. Seu corpo, ainda hoje, é repartido entre os que freqüentam os lugares de oração. Sua “casa” é santificada, pois foi edificada com o sangue dos justos e humildes. As famílias foram abençoadas por todas as gerações. Morreu para que servisse de exemplo e, no entanto, transformou-se em um símbolo e numa religião. Sua morte foi o início da libertação de toda a humanidade.
Dois caminhos paralelos, dois destinos diferentes, mas um só ideal.
Um, morreu para salvar um punhado de homens. O outro morreu para salvar todos os homens.
Ambos foram traídos, ambos são lembrados. Um chamava-se Joaquim José da Silva Xavier e era filho das terras mineiras, o outro, chamava-se simplesmente Jesus de Nazaré, filho do Deus Vivo.

Lula finalmente faz delação premiada!!



"(Fonte: Revista Fórum)
E Lula, enfim, acerta para fazer delação premiada:
– Dr. Moro, eu faço a delação, mas eu quero os mesmos direitos do Yousseff. Quero ficar com o patrimônio, ficar em casa descansando e receber um percentual de tudo o que a lava a jato “recuperar”. Se for assim eu faço a delação.
– Sr. ex-presidente, se o senhor delatar o Lula aceitamos a sua colaboração e nos mesmos termos do Yousseff.
– Então Dr. Moro, eu vou poder finalmente ganhar o triplex, o sítio de Atibaia e o apartamento de Paris?
– Que apartamento senhor ex-presidente?
– O da Fochs Avenue, tá no nome do FHC mas é meu. Já começando a delação. O apartamento é meu.
– Mas senhor ex-presidente, que provas o senhor tem de que o apartamento é seu?
– Aqui, Dr. Moro, tenho um contrato rasurado e sem assinatura. Tem também duas fotos minhas com o FHC, de abraços. Aqui ele dizia no meu ouvido que o apartamento era meu. Pode anotar aí.
– Mas o senhor pagou como pelo apartamento?
– Com as palestras Dr. ganhei muito dinheiro dando palestra. e aí eu depositava na minha conta e dizia pro FHC: “O dinheiro é seu, tá aqui, mas é seu”. É propina pra ele.
– Mas propina referente a quê?
– Ora Dr. Moro, ele mandou eu destruir as provas, eu destruí mas eu lembro de tudo. Foi um dinheiro de umas empresas que trabalharam para ele, construíram o tal instituto FHC e trabalhavam também para o governo. É tudo propina. pode anotar aí.
– Mas precisa de provas senhor ex-presidente.
– Bom eu tenho aqui uns rascunho de uns email que eu nunca mandei. Ó … tá escrito aqui ó “amigo FH propina aguardando sua retirada. câmbio”. “FH”, dr. Moro, quer dizer Fernando Henrique. Nós bolamos juntos esta senha para dificultar o entendimento da PF. A gente não é tão criativo quanto o pessoal da Odebrecht.
– Mas senhor ex-presidente, isto não é prova …
– Não, Dr Moro? Mas eu tô fazendo a “premiada” e tô dizendo pro senhor que é meu … aliás, lembrei agora … A mansão de Paraty também é minha … aquela lá dos Marinho … é minha. Tá no nome dos laranja, mas é minha. Tenho até dois tickets de pedágio Rio-Paraty pra provar que é minha.
– Mas senhor ex-presidente …
– Dr. Moro, agora que o senhor já sabe de tudo, eu vou pra casa e o senhor deposita o que acertamos, igual do Yousseff, na minha conta, por favor. Vou descansar um pouco."

domingo, 28 de maio de 2017

Milhares pedem Diretas Já no Rio de Janeiro

Mesmo com chuva e frio, milhares pedem Diretas Já no Rio de Janeiro

     



28/5/2017 18:21

ACONTECE AGORA - Grande ato por Eleições Diretas Já!
RIO DE JANEIRO, praia de Copacabana.

Temer não tem legitimidade para estar no cargo, foi gravado por Joesley da JBS. 

O pouco que se escuta nos áudios já dá pra ver como eram as conversas dele na calada da noite, às escondidas, com os corruptores. 

O Congresso não tem legitimidade para eleger quem deve substituir Temer, a maioria está envolvida em falcatruas, roubalheira, crimes que inclui inclusive tráfico de drogas. 

Quem tem que decidir é o povo brasileiro!

Se você estiver no Rio, vai pra Copacabana, vai gritar que é você quem quer decidir o rumo da tua história.

Durante o dia Criolo, Mano Brown, Caetano, Martinália, e vários outros artistas estarão cantando e somando nessa luta pelo teu direito de escolher teu Presidente.

Origem deste artigo.: http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=97548&po=s

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Inversão e banalização dos valores morais no Brasil!

Nenhum texto alternativo automático disponível.



''Rita Candeu
17 min 


"Vandalismo é inaceitável!
de Fernando Horta

Quando eu vejo políticos, que até para se vestirem usam verba pública, vendendo leis, medidas e atos para empresários enquanto revogam o pouco de segurança que os trabalhadores tinham, eu digo que vandalismo é inaceitável

Quando eu vejo homens, alguns menos capazes que a média, escondidos em suas togas a vandalizarem a constituição com liminares políticas, decisões viciadas e atos de brutalidade institucional, eu digo que o vandalismo é inaceitável

Quando eu vejo a casta do Ministério Público, que deveria defender a constituição de forma inarredável, sendo a última instância da justiça, a dilacerar seu ofício vazando informações, impondo perseguições políticas e usando seus privilégios sobre os mais fracos, eu digo que vandalismo é inaceitável

Quando eu vejo, policiais mascarados, sem identificação armados até os dentes com o dinheiro do cidadão escondendo-se no coletivo para perpetrar sua sanha sádica contra aqueles que lhe dão de comer, eu digo que o vandalismo é inaceitável

Quando eu vejo militares que só existem para defender o povo, conspirarem com corruptos, usarem os meios que a população os confiou contra ela, eu digo que vandalismo é inaceitável

Que o manto da democracia proteja estes pobres mascarados que de posse de pedras e paus lutam contra o vandalismo institucionalizado nas nossas espúrias instituições."

''

quarta-feira, 24 de maio de 2017

A Indignificação do Trabalhador Brasileiro é secular



Resultado de imagem para trabalho escravo no brasil atual


Um país de costas para seus trabalhadores


por Fernando Horta

É surpreendente como a ideia de se ser um “trabalhador” foi desmontada nos últimos 20 anos. No discurso atual, o trabalhador é quase um pária social. Alguém que vive de “benesses” do Estado, que espera ardentemente se aposentar, para então ser o que desde o início, segundo esta narrativa, ele sempre foi: um vagabundo. No meio tempo, o trabalhador tem a petulância de se juntar nestas nefastas organizações chamadas “sindicatos”. Fazem greves, bloqueando o trânsito (veja só!) e têm a audácia de querer ver no poder um dos seus. ​
Estes ataques começaram no final da década de 80 e início da de 90, com as tais normas ISO. Naquela época, fui incumbido de trabalhar pela certificação ISO de um laboratório e fiz alguns cursos a respeito. O objetivo das normas ISO, com todas as suas formas de backup de informações, rotinas e controles, era tornar o trabalhador totalmente dispensável. Mesmo com 20 anos de empresa, após a implantação das famigeradas ISO, você seria facilmente substituído por um jovem que pudesse ler e compreender suas rotinas diárias. O fato de o jovem ganhar menos do que o trabalhador “já de casa” era “um detalhe insignificante” frente ao “ganho de qualidade” que representava para a empresa.
Após este período, tivemos um ataque ao termo “trabalhador”. Virou “colaborador”. O objetivo (não declarado) era burlar, de qualquer forma, a aplicação das leis trabalhistas (aquelas que criam “vagabundos” que não gostam de trabalhar). Os juízes do trabalho tiveram uns dez anos de esforços conjuntos para conseguir enquadrar esta “estripulia linguística”. Agora, nos anos 2000, surgiram duas outras formas de atacar o trabalho. A primeira é o chamado “voluntariado” que passou a “contar pontos” nos currículos dos jovens, de forma bastante ideológica. Doar sua força de trabalho significa algo bom, meritório e em troca você ganhar um papelzinho atestando sua “iniciativa”. De preferência negando o termo mesmo “trabalho”, eis que surgiu o termo “voluntariado”. O objetivo é afastar a nódoa do trabalho, presente até mesmo no termo.
O segundo ataque ao termo veio da teologia do empreendedorismo. Não seja um trabalhador, seja um “empreendedor”. Cada vez que vejo, ouço em palestras ou vídeos, um indivíduo branco, cheirando a perfume estrangeiro, sem um calo nas mãos dizer do alto de sua arrogância que “para se ficar rico basta levantar cedo e ir trabalhar”, “mudar o mindset” eu perco a calma. O objetivo é o mesmo das conhecidas AmWay, Herbalife, Uber e etc. em que se colocam milhares de pessoas a trabalharem, sub-remuneradas no afã de sobrepujarem os baixos valores pagos pela quantidade de serviço remunerado. Claro que os CEO’s, estando no topo desta pirâmide semi-escravagista, carregam para si qualquer centelha de valor produzido que não fica com o trabalhador. E o sonho do “empreendedorismo” se encarrega de manter os trabalhadores em transe.
De outro lado, o trabalho é atacado pelo neopentecostalismo de ocasião. O trabalhador não é mais sustentado pelo fruto do seu suor, mas por uma barganha espúria feita com um deus, mediada por um “pastor”. Oferta-se ao pastor, como se a deus diretamente, e este benevolente ser celestial devolverá. O interessante e paradoxal é que o objeto da oferta a deus é algo que você deve reputar “sem valor”: dinheiro. Sua família, portanto, não é sustentada pelos seus esforços, mas pela sua fé e “desprendimento material”. A evidência fática de pastores milionários e fiéis pobres ou a evidência teológica de Jesus ter atacado exatamente os vendilhões do templo nada significa. A retórica fervorosa juntamente com os “milagres” sem nenhuma comprovação faz-nos pensar no retorno ao medievo.
Não foi apenas o espectro da direita que atacou o trabalho. Na esquerda também viu-se um desconforto de se ser trabalhador. A esquerda comprou os termos discursivos todos que pudesse substituir “trabalho”. Ao fazer isto e fortalecer as identidades pós-modernas, a esquerda eclipsou a identidade “trabalhador”. Empoderam-se mulheres, LGBT, quilombolas, negros e, muitas vezes sem darmo-nos conta, a identidade proletária vai ficando escondida, carcomida e mesmo negada frente às novas (e necessárias sim) bandeiras. Recentemente, a esquerda se distanciou ainda mais dos trabalhadores ao cunhar o termo “pobre de direita”. É um ataque claro ao trabalho. Supostamente uma crítica àquele trabalhador sem consciência da sua posição de classe. Como se ler, conhecer e aceitar Marx fosse uma obrigação originária. Junto com a carteira de trabalho o sujeito recebesse uma cópia d’O Capital. O mais interessante é que, décadas de discussão entre o espontaneísmo da consciência de classe ou o trabalho diligente partidário nesta criação, somem no termo “pobre de direita”. No fundo, culpa-se o trabalho por estarmos na crise que estamos.
Não há o que se falar mais sobre a desconstrução do termo “Partido dos Trabalhadores”. O ataque diuturno midiático, jurídico, patronal é evidente. E neste embalo, hoje, o capital cristaliza nas mentes dos trabalhadores mesmos que retirar os parcos direitos conquistados “ser-lhes-á benéfico”. A propaganda do governo Temer é criminosa, para lá de imoral. Contam em telejornais que é preciso que o trabalhador amealhe um milhão de reais durante sua vida, para poder “fazer a sua aposentadoria” sem depender do “estado”. Num país em que altos funcionários públicos ganham subsídios para tudo (desde paletó, gasolina, moradia e escola) e políticos pedem quarenta milhões de reais para “comprar um apartamentozinho para a mãe no Rio”.
É preciso, para vencer o avanço da direita, recuperar o termo “trabalhador”. Recuperar a noção racional de que é do trabalho que é gerado valor. Não de algum deus ou de algum patrão benevolente. É preciso que nos reconheçamos como trabalhadores, e, com isto, compreendamos que temos muito em comum pelo que lutar. Não me interprete mal, todas as bandeiras são válidas, justas e necessárias. Mas sem trabalho nenhuma delas poderá ser erguida. Por inanição

Muito prazer, Fernando Horta, hoje trabalhador da educação, mas já fui office-boy, auxiliar administrativo, gerente assistente, assistente de pesquisa, carregador de mudança, coordenador de CPD, cuidador de idosos e professor de xadrez.

Por.:Um país de costas para seus trabalhadores, por Fernando Horta
BLOGFERNANDO
QUA, 24/05/2017 - 07:22

COMENTADO:
POR.:imagem de José Eduardo de Camargo
José Eduardo de Camargo

''O fenômeno descrito nesse

O fenômeno descrito nesse excelente artigo é mundial. Mas no Brasil desde a época colonial o trabalho sempre foi estigmatizado como indigno para os auto-nomeados "cidadãos de bem" (ou de bens, tanto faz!). A primeira coisa que o colonizador fazia quando aqui chegava era comprar um escravo. O trabalho era (e é ainda hoje!) considerado um fardo humilhante para os despossuídos e desprezível para os proprietários. Muitos empresários, porém, gostam de alardear que trabalham muito. Mentira! Pois eles não podem ser considerados trabalhadores pelo fato óbvio de que são os possuidores dos meios de produção. A precarização do trabalho, ainda que seja um fenômemo mundial no atual estágio terminal do capitalismo, no Brasil sempre foi estrutural. Afinal, 380 anos de escravidão deixaram sequelas''