domingo, 4 de junho de 2017

TIRADENTES

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 TIRADENTES
   POR .:(Marcos Cunha)
Há tantas histórias na História da vida que, esta, por vezes, diverte-se ao plagiar suas próprias obras. Mas, como não existem plágios perfeitos, também não é minha intenção comparar as personalidades dos personagens destacados nesta redação, que viveram em épocas tão diversas.
São dois os personagens. Ambos possuíam barbas longas e cabelos compridos. Um nasceu em São José, vilarejo que atualmente leva o seu nome, na capitania de Minas Gerais, em 1746. Filho de pais pobres, foi um menino igual a qualquer outro.
O outro, nasceu numa terra distante no tempo e no espaço. José era o nome do seu pai, hoje conhecido como São José. Teve por berço apenas algumas palhas de uma manjedoura. Pobres, seus pais o criaram como um menino igual a qualquer outro.
O primeiro personagem chamou-se Joaquim José. O segundo chamou-se Jesus de Nazaré. Joaquim era seu avô e José era seu pai.
Joaquim José: abandonou a profissão de dentista para abraçar a 6ª. Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais, ocupando o posto de Alferes. A honestidade e a coragem marcaram, sempre a sua conduta, porém a injustiça, com que os homens (brasileiros) eram tratados pelo reino Português, acendeu idéias em sua cabeça. Idéias de liberdade, às quais ele se apegou e propagou.
Jesus de Nazaré: abandonou a profissão de carpinteiro para abraçar a companhia dos homens do povo e ocupar seus corações. Bondade e coragem sempre marcaram sua conduta, porém a injustiça a que eram submetidos os homens (judeus), fez com que ele expusesse suas idéias, às quais o povo se apegou e propagou.
Joaquim José expôs suas idéias a alguns companheiros e estes o apoiaram. Assim, ficou resolvido que, no dia da “derrama”, como era chamada a cobrança de impostos atrasados, seria o “batizado” – como convencionou-se chamar a rebelião. Os adeptos aumentaram e entre eles estava o coronel Joaquim Silvério (JS), pessoa de reputação duvidosa que só foi aceito pelo fato de haver contraído enorme dívida com o reino de Portugal e, com a liberdade, julgava-se que suas contas seriam saldadas, podendo vir a ser, com isso, fiel à causa. Porém os planos de Joaquim Silvério eram outros. Assim, de posse de todas as informações, na noite de 15 de março de 1789 trocou o perdão para as suas dívidas pela cabeça do seu Líder por um punhado de moedas. Nesse instante crucial Joaquim José, o líder, estava ausente dos seus companheiros. Tinha ido ao Rio para conseguir apoio da guarnição carioca.
Jesus de Nazaré, tendo exposto suas idéias, foi seguido pelos companheiros. Derramou sua sabedoria sobre os homens e foi batizado, como era costume. Os adeptos aumentaram e entre eles estava Judas Scariotes (JS), pessoa de reputação duvidosa, mas que foi aceito, de braços abertos, por haver contraído enorme dívida com o reino dos Céus e, por isso mesmo, mais necessitado estava de AMOR. Poderia remir suas faltas com a obtenção do perdão das suas dívidas. Vindo a ser útil à causa do Mestre. Porém os planos de Judas Scariotes eram outros. Assim, mesmo de posse de todo o conhecimento, na noite fatídica, trocou a cabeça de seu Mestre por um punhado de moedas (30). Nesse instante crucial, Jesus estava ausente dos seus irmãos. Tinha se retirado para o Horto das Oliveiras, onde orava e pedia apoio a seu Pai.
Uma patrulha saiu em busca de Joaquim José e o prendeu, sem que houvesse reação por parte dele. Todos os outros negaram participação na revolta. Chamando para si toda a culpa, num inquérito que durou três longos anos, Joaquim foi condenado à morte na forca e a sentença dizia: “Que seu corpo seja esquartejado e seus pedaços colocados em lugares visíveis, nas praças freqüentadas por ele. Seus bens confiscados, sua casa destruída e o salgado solo, para que ali não mais se edificasse. Sua família amaldiçoada até a 5ª. geração.” – A intenção era torná-lo um exemplo para quem ainda ostentasse idéias de liberdade. O caminho até a forca, no Largo da Lampadosa, foi curto e ele o percorreu com a corda ao redor do pescoço. Foi lida a sentença e seu corpo balançou no madeiro da forca, às 11 horas e vinte minutos do dia 21 de abril de 1792. Esse foi o início da liberdade de um povo.
Longe, no tempo, também houve uma patrulha indo em busca de Jesus de Nazaré. Rendeu-se sem esboçar qualquer reação. Todos O negaram. Foi-lhe atribuída toda a culpa. Julgado sumariamente após uma longa noite de sofrimento, foi condenado a morrer na cruz, por um crime que não cometera. Seu corpo foi flagelado e em sua cabeça foi enterrada uma coroa de espinhos. O caminho até o calvário foi longo e ele o percorreu arcado sob o peso da cruz que levava aos ombros. Lida a sentença, seu corpo ficou suspenso no madeiro num dia em que o céu escureceu e a chuva açoitou a Terra. Seu corpo, ainda hoje, é repartido entre os que freqüentam os lugares de oração. Sua “casa” é santificada, pois foi edificada com o sangue dos justos e humildes. As famílias foram abençoadas por todas as gerações. Morreu para que servisse de exemplo e, no entanto, transformou-se em um símbolo e numa religião. Sua morte foi o início da libertação de toda a humanidade.
Dois caminhos paralelos, dois destinos diferentes, mas um só ideal.
Um, morreu para salvar um punhado de homens. O outro morreu para salvar todos os homens.
Ambos foram traídos, ambos são lembrados. Um chamava-se Joaquim José da Silva Xavier e era filho das terras mineiras, o outro, chamava-se simplesmente Jesus de Nazaré, filho do Deus Vivo.

Lula finalmente faz delação premiada!!



"(Fonte: Revista Fórum)
E Lula, enfim, acerta para fazer delação premiada:
– Dr. Moro, eu faço a delação, mas eu quero os mesmos direitos do Yousseff. Quero ficar com o patrimônio, ficar em casa descansando e receber um percentual de tudo o que a lava a jato “recuperar”. Se for assim eu faço a delação.
– Sr. ex-presidente, se o senhor delatar o Lula aceitamos a sua colaboração e nos mesmos termos do Yousseff.
– Então Dr. Moro, eu vou poder finalmente ganhar o triplex, o sítio de Atibaia e o apartamento de Paris?
– Que apartamento senhor ex-presidente?
– O da Fochs Avenue, tá no nome do FHC mas é meu. Já começando a delação. O apartamento é meu.
– Mas senhor ex-presidente, que provas o senhor tem de que o apartamento é seu?
– Aqui, Dr. Moro, tenho um contrato rasurado e sem assinatura. Tem também duas fotos minhas com o FHC, de abraços. Aqui ele dizia no meu ouvido que o apartamento era meu. Pode anotar aí.
– Mas o senhor pagou como pelo apartamento?
– Com as palestras Dr. ganhei muito dinheiro dando palestra. e aí eu depositava na minha conta e dizia pro FHC: “O dinheiro é seu, tá aqui, mas é seu”. É propina pra ele.
– Mas propina referente a quê?
– Ora Dr. Moro, ele mandou eu destruir as provas, eu destruí mas eu lembro de tudo. Foi um dinheiro de umas empresas que trabalharam para ele, construíram o tal instituto FHC e trabalhavam também para o governo. É tudo propina. pode anotar aí.
– Mas precisa de provas senhor ex-presidente.
– Bom eu tenho aqui uns rascunho de uns email que eu nunca mandei. Ó … tá escrito aqui ó “amigo FH propina aguardando sua retirada. câmbio”. “FH”, dr. Moro, quer dizer Fernando Henrique. Nós bolamos juntos esta senha para dificultar o entendimento da PF. A gente não é tão criativo quanto o pessoal da Odebrecht.
– Mas senhor ex-presidente, isto não é prova …
– Não, Dr Moro? Mas eu tô fazendo a “premiada” e tô dizendo pro senhor que é meu … aliás, lembrei agora … A mansão de Paraty também é minha … aquela lá dos Marinho … é minha. Tá no nome dos laranja, mas é minha. Tenho até dois tickets de pedágio Rio-Paraty pra provar que é minha.
– Mas senhor ex-presidente …
– Dr. Moro, agora que o senhor já sabe de tudo, eu vou pra casa e o senhor deposita o que acertamos, igual do Yousseff, na minha conta, por favor. Vou descansar um pouco."